A complexidade das intervenções aumenta o risco de desfechos não calculados. Confira como melhorar o resultado de procedimentos neurológicos!
Sem dúvida, os procedimentos neurológicos revelam desafios tanto para os cirurgiões quanto para os anestesistas. Em muitas ocasiões, os imprevistos acontecem devido à ausência de tecnologias que poderiam oferecer uma visibilidade mais apurada. Só para ilustrar, os aparelhos de ultrassom comumente utilizados nos centros cirúrgicos não conseguem expor uma imagem tão nítida. Como resultado, os médicos demonstram dificuldade em diferenciar a injeção interfascicular da intrafascicular, algo que amplia os riscos de lesões neurológicas.
Acompanhe outros exemplos a seguir!
Cegueira após procedimentos neurológicos
Primeiramente, a perda visual identificada no pós-operatório de procedimentos neurológicos consiste numa das principais preocupações entre os médicos. De acordo com um artigo publicado no PEBMED, as principais causas listadas atualmente para a complicação são: embólicas; relacionadas ao aumento da pressão intraocular (PIO); e derivadas de hipoperfusão cerebral.
No entanto, a probabilidade de perda visual pós-operatória incide, sobretudo, em casos relacionados ao coração e à coluna, especificamente quando o acesso é feito via posterior.
Apesar da menor prevalência nas demais intervenções, é imprescindível empreender uma manutenção da perfusão cerebral, conforme as necessidades do quadro. Além disso, contribuir para uma posição prona dos pacientes é uma medida preventiva importante.
Lesões de nervo periférico
Ao mesmo tempo, a posição dos pacientes é imprescindível não apenas no combate à perda de visão pós-operatória, como também para evitar lesões de nervo periférico.
Nesse sentido, isso inclui variáveis, como: isquemia derivada de ruptura física dos vasos sanguíneos intraneurais; edema endoneural; danos nas células de Schwann; degeneração Walleriana; e estresse de estruturas anatômicas.
Por outro lado, o torniquete pneumático apresenta complicações expressivas em procedimentos neurológicos. Logo, as deformações mecânicas e a isquemia levam a episódios de fraqueza, paralisia, tato diminuído e até mesmo retardamento da recuperação funcional.
Conforme artigos publicados no portal Nysora, é prudente recorrer a torniquetes mais largos com manguito em baixa pressão, bem como limitar a insuflação, com o intuito de evitar a desnervação do nervo femoral.
Cirurgias de aneurisma e dissecção de aorta
Já os procedimentos neurológicos que envolvem aneurismas e dissecções de aorta toracoabdominal registram casos de isquemia da medula espinhal (SIME) devido à complexidade da perfusão.
Em boa parte dos casos, o problema se manifesta durante a própria cirurgia ao haver interrupção do fluxo de sangue ocasionada por obstrução ou clampeamento da aorta, caracterizando a SIME de início imediato.
Em contrapartida, a SIME de início insidioso ou gradual decorre, principalmente, de tromboses e redução da pressão de perfusão medular.
Dessa maneira, são estratégias que minimizam o risco: drenagem liquórica na cirurgia aberta; vigilância contra quadro de hipotermia; e controle da pressão de perfusão medular maior que 70 mmHg (milímetros de mercúrio).
Conclusão
Com toda a certeza, a perspicácia dos cirurgiões em consonância com o trabalho dos anestesiologistas é providencial para evitar complicações nos procedimentos neurológicos.Todavia, é pertinente observar que o suporte tecnológico e a adoção de soluções externas inovadoras aumentam a segurança do processo. Afinal, isso não apenas melhora o momento cirúrgico, como também contribui para a detecção de anormalidades em tempo hábil, como no caso de aneurismas.
Acompanhe o blog da Rastriall e fique por dentro de novidades na área de Neurologia.