Apesar da alta prevalência do lipedema no Brasil, a doença ainda é pouco diagnosticada, levando muitas mulheres a anos de frustração antes de obterem a resposta correta para seus sintomas. A condição tem ganhado visibilidade, especialmente com o depoimento de celebridades sobre o tema. Por exemplo, a modelo Yasmin Brunet relatou ter perdido mais de 10 quilos de gordura após iniciar o tratamento com um cirurgião vascular. Seu caso ajudou a reforçar a importância do diagnóstico precoce.
Saiba mais!
Reconhecimento da doença
Antes de abordar a questão do lipedema no Brasil, é importante sublinhar que o seu reconhecimento aconteceu somente em 2019, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a condição na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Tal decisão foi um passo importante para a padronização do diagnóstico e para o desenvolvimento de políticas de saúde.
No entanto, no Brasil, a adoção oficial da CID-11 foi adiada para 2027 pelo Ministério da Saúde. A justificativa dada foi a necessidade de treinar profissionais e atualizar os sistemas de saúde, o que gera um atraso na formalização do diagnóstico e na criação de diretrizes de tratamento para o SUS e planos de saúde.
Diagnóstico: o papel dos especialistas
Visto que os sintomas do lipedema podem se confundir com outras condições, o diagnóstico correto depende da avaliação de um cirurgião vascular.
Entre os principais pontos analisados, em alguns casos cabe avaliar:
- Histórico de acúmulo desproporcional de gordura desde a adolescência;
- Dificuldade em perder peso nos membros inferiores, mesmo com emagrecimento geral;
- Relação do quadro com eventos hormonais, como menstruação e gestação;
- Presença de casos semelhantes na família.
Ao mesmo tempo, exames complementares, como o ultrassom com doppler venoso, podem ser solicitados para descartar problemas vasculares associados, como varizes e insuficiência venosa.
Avanços no tratamento: o que já existe?
Embora não haja uma cura definitiva para o lipedema, diferentes abordagens terapêuticas ajudam a controlar a progressão da doença e a aliviar os sintomas.
Entre os tratamentos mais utilizados, destacam-se:
- Terapia compressiva – uso de meias de compressão para reduzir o inchaço e melhorar a circulação;
- Drenagem linfática manual;
- Exercícios de baixo impacto – atividades como hidroginástica e pilates ajudam a manter a mobilidade sem agravar a dor;
- Em casos cirúrgicos, lipoaspiração específica para lipedema.
A técnica One STEP® tem se mostrado uma opção promissora para pacientes que recebem indicação cirúrgica. Diferente da lipoaspiração tradicional, esse método utiliza um comprimento de luz específico que reduz sangramentos intraoperatórios e minimiza o tempo de recuperação.
No que diz respeito à nutrição, apesar de a obesidade não causar o lipedema, manter um peso saudável é crucial para manejar a condição. Dietas anti-inflamatórias, ricas em antioxidantes, podem ajudar a reduzir a inflamação subjacente e melhorar o metabolismo da gordura.
O futuro do lipedema no Brasil
Inegavelmente, o lipedema está cada vez mais em pauta, com maior disseminação de informações entre pacientes e médicos. Entretanto, ainda é preciso superar desafios, como ampliar o reconhecimento da condição e implementar a CID-11 no Brasil.
Com o avanço das pesquisas e novas técnicas cirúrgicas, espera-se que nos próximos anos o tratamento do lipedema se torne mais acessível e eficaz. Enquanto isso, a conscientização continua sendo a melhor ferramenta para que milhões de pacientes no país tenham um diagnóstico correto e recebam o tratamento adequado.
Entenda como a One STEP® proporciona uma nova perspectiva às pacientes que recebem indicação de cirurgia para tratamento de lipedema no Brasil.