O Brasil no contexto digital
Sem dúvida, não é possível adiar o debate sobre cuidados mentais. Dados recentes do Digital 2023: Global Overview Report revelam uma realidade preocupante: o Brasil ocupa a 2ª posição entre os países que mais consomem conteúdo digital, para além das redes sociais, com aproximadamente 9 horas diárias dedicadas às telas.
Tal cenário é impulsionado pelo crescimento expressivo dos serviços de streaming e outras plataformas, como Instagram e TikTok.
A era da “podridão cerebral”
Ao mesmo tempo, o termo “brain rot” (podridão cerebral), eleito palavra do ano de 2024 pelo Dicionário Oxford, vai muito além de uma gíria e nos leva a refletir sobre os cuidados mentais. O uso excessivo de mídias sociais, combinado com a exposição constante a notícias sensacionalistas e entretenimento sem substância, tem provocado alterações significativas na massa cinzenta. Não se trata apenas de uma sensação de cansaço mental, pois os estudos indicam mudanças estruturais no cérebro.
Vale recordar que, no início do século, os primeiros alertas surgiram com algo que hoje parece relativamente inofensivo: o e-mail. Entretanto, estudos da Universidade de Londres já demonstravam que o uso diário de e-mail e do telefone celular causava uma queda média de 10 pontos no QI (Quociente de Inteligência) dos participantes. Tal impacto é mais significativo que o uso de certas substâncias psicoativas.
Certamente, o cenário atual é ainda mais desafiador do que na época em que o contato digital se restringia a e-mails e chamadas telefônicas. Uma meta-análise de 27 estudos de neuroimagem, feita pela Universidade Macquarie, revelou que o uso excessivo da Internet está associado à redução do volume da massa cinzenta em áreas cerebrais fundamentais.
Tais regiões têm a ver com o processamento de recompensas, o controle dos impulsos e a tomada de decisões.
O ciclo vicioso: telas, sono e saúde mental
Um dos aspectos mais preocupantes do uso excessivo de telas é seu impacto direto na saúde mental e no ciclo do sono. Isso cria um efeito dominó que pode ter consequências graves para a saúde cerebral. A exposição constante a conteúdos estressantes nas redes sociais não apenas aumenta os níveis de ansiedade e depressão, como também altera fundamentalmente os padrões de sono.
Isso sem mencionar que há uma conexão entre distúrbios crônicos do sono e o desenvolvimento precoce de doenças neurodegenerativas, incluindo o Alzheimer.
Ademais, a constante alternância entre diferentes aplicativos e estímulos, força o cérebro a um estado de atenção dividida permanente. Tal padrão não apenas reduz a capacidade de concentração no curto prazo, como pode levar a mudanças duradouras em como o cérebro processa informações e forma novas memórias.
O papel do monitoramento cerebral
Com toda a certeza, é nesse contexto que a iMediSync se torna particularmente relevante. Ao permitir o monitoramento regular das ondas cerebrais, a ferramenta pode detectar precocemente sinais de comprometimento cognitivo associados tanto ao uso excessivo de telas quanto a distúrbios do sono.
Algoritmos de IA avançados auxiliam na identificação de padrões cerebrais alterados antes mesmo que os sintomas se tornem evidentes, possibilitando intervenções preventivas.
Ao auxiliar no monitoramento da saúde cerebral, a iMediSync ajuda os médicos a desenvolverem planos de tratamento personalizados. Com o apoio da ferramenta, há mais confiança para auxiliar os pacientes na adoção de cuidados mentais saudáveis, como estabelecer limites claros para o uso de dispositivos, priorizar atividades presenciais e selecionar conteúdos de qualidade.
Aliás, é imprescindível conduzir os pacientes na percepção de que diversos materiais publicados on-line são produzidos de modo superficial, bem como tendem a gerar um efeito de comparação que prejudica a autoestima.
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